quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Beleza


A beleza... Você sabe ao certo o que é?

Ela não é fracionada em pessoas, em coisas, em momentos...

Ela vai além da nossa capacidade de enxergar,

pois nem tudo o que vemos, sabemos extrair o belo.

A beleza não foi feita para os olhos, mas sim para o coração.

Os olhos podem contemplar vestígios de beleza, mas não a sua totalidade.

Ela não deveria nos atrair pela sua “forma”, mas sim pela sua “ideia”.

Ideia de se sentir belo, ou, de sensibilizar com o que são belos.

A beleza na verdade mora em todos.

Alguns querem extraí-la nos músculos definidos apenas, mas muitos desses

a deixam faltar no caráter, nessa educação formalizada do temperamento.

Outros pensam que a beleza se resolve com uma simples maquiagem na face...

E esquecem que uma simples água pode destruí-la.

A beleza não é e não pode ser momentânea.

Ela é permanente e natural, não mede esforços para ser contemplada, apenas exala.

A beleza é vasta, e não se acaba com as rugas que o tempo traz.

Ela nasce e morre com a gente.

Ser belo é questão de decisão, de escolhas por se amar e se aceitar do jeito que é.

A beleza é o sobrenome de todo ser humano... O que nos torna feios não é o fato

de não sermos o rostinho belo do ano.

Mas sim o fato de nos autocensurarmos diante dos espelhos.

Beleza não se mede, se qualifica. Como!?

Quando não nos preocupamos com o que os outros vão pensar de nós, do nosso corpo,

das nossas roupas... Quando estamos bem com o nosso próprio eu...

Quando construímos o nosso interior e automaticamente refletimos no nosso exterior.

Quando “ser belo” não é prioridade e sim consequência.

Quando nos enamoramos ao ponto de afirmarmos para nós mesmo:

Eu amo você! Não existe pessoa mais linda como você!

A beleza não existe para ser inimiga de ninguém, pelo contrario...

uma amizade eterna.

A beleza é carinhosa... E não uma maquina destrutiva...

Vivida em vômitos forçados e magreza anormal.

Ela não pode servir somente o corpo e esquecer-se da alma e do espírito.

Existem belos corpos pelos quais gostaria de jamais ter conhecido,

pois a alma e o espirito são tão feios quanto a podridão de suas palavras.

A “Bela” viu na “Fera” a beleza jazida do interior.

Essa metáfora diz tudo o que seria a beleza:

A capacidade de trazer a tona, àquilo que desde o inicio já existia na “Fera”.

A “Fera” não nasceu feia, se transformou.

E a “Bela” tão pouco se importou com o que os olhos viam.

Simplesmente sentia que existia algo além da casca que o envolvia.

A “Bela” então lutou contra os paradigmas, o orgulho e o preconceito.

E amou aquilo que havia de melhor, partindo do principio daquilo que na “Fera”

havia de pior.

Esse amor fez a "Fera" se reencontrar em sua normalidade.

No mundo existem várias “Feras” precisando de pessoas “Belas” com a capacidade

de amar além do que se vê.

Beleza... essa que eu desejo ter!

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